Vimos, diante da comunidade acadêmica, externar algumas reflexões sobre a eleição em curso para a Reitoria da Universidade Federal da Bahia, já que a democracia é um assunto muito caro para nós, feministas.
O governo atual impossibilita a realização do ideal democrático ancorado pela igualdade, sendo determinante para a manutenção de hierarquias e privilégios. Materializa e simboliza esta exclusão, através de diferentes estratégias, a exemplo, as pautadas no discurso de “ideologia de gênero”, quando seus apoiadores perseguem o campo de estudos feministas, de gênero e sexualidades e antirracistas. Por meio do Estado, promovem uma perspectiva familista que só reforça a divisão sexual do trabalho, implementada, por exemplo, por meio do corte de financiamentos aos programas de combate à violência contra a mulher. Da mesma forma, contrapõe-se à ciência e a tudo que representa a Universidade Pública, Gratuita e Democrática.
O nosso apoio à Chapa 1- Somos Todos UFBA, tendo os profs. Paulo Miguez e Penildon à frente da Reitoria nos próximos quatro anos, reafirma o nosso compromisso com a autonomia universitária, com a inclusão de mais mulheres, de negros e negras e de grupos subalternizados nos espaços de poder na Universidade. A certeza de uma gestão que reconheça o feminismo como práxis revolucionária, cujos espaços acadêmicos criados transitam pelo ensino, pesquisa e extensão com experiências criativas, nos coloca solidariamente como parceiras desta caminhada.