Sabíamos que 2018 não seria fácil para as reivindicações feministas, negras, LGBTQIAs, populares e democráticas. Durante o ano, vivenciamos o agravamento do golpe de 2016, com a radicalização do pensamento conservador e de direita, que culminou na eleição de representantes desse campo, ao mesmo tempo que assistimos, mundo afora, o avanço de movimentos de fascistização social e política.
Esse cenário nacional impôs uma pressão sobre os estudos de gênero, criando uma atmosfera de oposição às nossas pesquisas, bibliografias e reflexões, com interpretações distorcidas e falsas sobre nossas atividades e sobre os feminismos. Tudo isso inserido em um contexto de desqualificação da importância da universidade pública como espaço de produção de conhecimento e saberes, somado a uma tentativa de cerceamento do pensamento crítico, científico e acadêmico.
Não nos calamos e não nos calaremos diante desses ataques.
Agradecemos aqui a todo mundo que nos fortalece, direta ou indiretamente.
Em 2019, diante do discurso de ódio e ignorância propagado contra nós, teremos que resistir com mais veemência. É importante estarmos juntas, desenvolvendo atividades de pesquisa e extensão, reuniões, simpósios e ampliando nossas redes e alianças. Seguimos em luta por uma sociedade mais justa e igualitária, sem sexismo, racismo, LGBTfobia e outras tantas formas de intolerância e opressão, em defesa da universidade pública, gratuita, socialmente referenciada e crítica.