Na próxima quinta-feira, 28/03, diversos núcleos de estudos, grupos de pesquisa e movimentos sociais realizarão, na Universidade Federal da Bahia, um ato pela vida das mulheres, onde serão pautados os direitos sexuais e reprodutivos. A atividade se inscreve na programação do Março Lilás e terá uma agitação político-cultural a partir das 17h seguida por um debate com a profa. Dra. Greice Maria de Souza Menezes (ISC-UFBA), e com a pesquisadora Dra. Emanuelle Góes (Odara/ISC-UFBA), ambas do Programa Integrado em Gênero e Saúde – MUSA/UFBA.
No Brasil, estima-se que mais de 500 mil mulheres realizem abortos clandestinos a cada ano. A descriminalização do aborto, que em 2018 foi objeto de debate no Supremo Tribunal Federal e tem sido também discutida com frequência no Congresso Nacional, é uma reivindicação histórica das feministas.
Para a Dra. Emanuelle Góes, autora da tese Racismo e aborto (2018), “apesar do aborto clandestino ser um evento que atinge todas as mulheres independente da classe, raça/cor, idade, região e religião, quando inseguro (com complicações como infecções e hemorragias graves) se apresenta de forma mais cruel para as mulheres negras e da periferia, pois o risco de morte materna por aborto no Brasil é quase três vezes maior para as mulheres negras que para as mulheres brancas”.
Quando: 28/03 (quinta-feira)
Horário/Local: 17h – ato político cultural na Praça das Artes (Ondina)
18h30 – debate com especialistas em direitos sexuais e reprodutivos no Auditório do PAF V (Ondina)
Organização: NEIM/UFBA, GEM/UFBA, MUSA/UFBA, LeMarx/UFBA, ADUNEB, Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)